Quando se fala em Logística 4.0, a primeira coisa que pensamos é em automação dos processos, sistemas integrados, planejamento inteligente de rotas, internet das coisas (IoT) e uma série de inovações tecnológicas que visam maior eficiência operacional e rentabilidade do negócio.
No entanto, em meio a tudo isso, existe um aspecto que é pouco observado: eficiência e redução de custos também estão na capacidade de realizar as operações de maneira segura, minimizar riscos e evitar acidentes nas movimentações de cargas.
E aqui, entra um ponto fundamental: a tecnologia, por mais avançada que seja, não vai, por si só, garantir a segurança em todos seus aspectos.
A automação da segurança nas operações logísticas, sobretudo quando há movimentação de cargas, não se resume em aplicar tecnologia e esperar que ela garanta agilidade das operações sem riscos de acidentes.
Existe um elemento fundamental nessa equação não linear. Quer saber qual e como ele impacta na automação da logística nas movimentações de cargas?
Hoje, nosso CEO e especialista em eficiência logística nas movimentações e transporte de cargas, Afonso Henrique Moreira, vai explorar um pouco a intersecção entre a Logística 4.0 e a automação da segurança, destacando a importância de construir uma cultura de inovação e sustentabilidade para alcançar processos mais eficientes.
Logística 4.0 e a automação dos processos.
A Logística 4.0 é a evolução da gestão logística tradicional, impulsionada pelos avanços da tecnologia digital e das integrações proporcionadas por ela. Seu objetivo é tornar as operações logísticas mais eficientes, ágeis e inteligentes, permitindo uma melhor tomada de decisões baseada em dados em tempo real e a automação de processos anteriormente manuais.
Nesse contexto, automação é a aplicação prática da tecnologia para o aprimoramento dos processos e tarefas, de modo a torná-los mais eficientes, reduzindo erros e custos, além de melhorar a segurança operacional.
Alguns exemplos de automação incluem robôs autônomos para movimentação de estoque, a utilização de veículos autônomos para transporte de carga, o uso de sistemas de gerenciamento de armazém (WMS) altamente automatizados e a implementação de tecnologias de rastreamento e monitoramento.
E isso se dá principalmente com o uso estratégico de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Big Data, Inteligência Artificial (IA), machine learning e automação para otimizar e aprimorar todas as etapas da cadeia de logística e intralogística.
Por que automação na segurança não é só sobre tecnologia?
Na perspectiva da segurança do trabalho nas operações logísticas, Logística 4.0 e a automação transcendem a tecnologia.
É fundamental compreender que não se trata apenas de processos formais, orçamento para investir em sistemas automatizados de ponta, ou veículos autônomos, e qualificação dos colaboradores. A tecnologia não é uma solução completa.
Veja um exemplo prático de como a Logística 4.0 e a automação dos processos, por si só, não garantem a segurança no local de trabalho.
Qual tecnologia vai garantir que não se tenha acidente com uma empilhadeira quando o operador decide dar carona a outro operador no garfo da empilhadeira ou conduz o equipamento falando ao celular?
Dispositivos que controlam a velocidade, emitem alertas quando detectam a proximidade de obstáculos ou que reduzem a velocidade automaticamente do equipamento em caso de risco de acidentes, não garantem a operação 100% segura.
Portanto, a logística 4.0 não é apenas a atualização tecnológica, mas mudar a forma como encaramos os processos logísticos para aprimorar a eficiência operacional, reduzir custos e otimizar o fluxo de mercadorias – construção de uma cultura de inovação e sustentabilidade.
Para isso, é preciso treinamento, conscientização, formação profissional e boas práticas de gestão.
A Gestão de Pessoas na Logística 4.0 para Segurança
A Logística 4.0, com sua promessa de automação e eficiência, muitas vezes é visualizada através de uma lente puramente tecnológica. No entanto, a gestão de pessoas se torna um pilar fundamental na equação da eficiência operacional logística.
Nesse sentido, alguns fatores devem ser observados pelos gestores:
1- Os profissionais envolvidos na movimentação de materiais estão alinhados ou engajados, para adoção de novas tecnologias?
Afinal, a introdução de novas tecnologias pode trazer consigo ansiedades relacionadas à substituição de empregos ou à necessidade de adquirir novas habilidades rapidamente.
2- Qual é a percepção do pilar de segurança e a interação entre máquina e pedestre?
A introdução de tecnologias e dispositivos de segurança podem, inadvertidamente, introduzir novos riscos se não houver engajamento dos colaboradores. Por exemplo, um operador de empilhadeira pode confiar demais em um sensor de proximidade e negligenciar seus próprios julgamentos e reflexos.
Aqui, a gestão de pessoas desempenha um papel importante. É responsabilidade dos gestores garantir que suas equipes não apenas entendam o uso de novas tecnologias, mas também compreendam os riscos associados ao transferir a responsabilidade para elas.
Isso envolve treinamento contínuo, simulações práticas, adotar rotinas de diálogos de segurança (DDS) e, acima de tudo, uma cultura de segurança.
Além disso, é vital que os gestores promovam um ambiente onde os funcionários se sintam à vontade para expressar preocupações ou identificar potenciais riscos de acidentes.
A comunicação aberta e a confiança mútua entre a gestão e a equipe são essenciais para garantir que a segurança nunca seja comprometida em nome da eficiência.
Autonomia e Responsabilidade do Operador na Era da Tecnologia para a logística 4.0
Dispositivos e sistemas projetados para tornar as operações mais seguras e eficientes, sensores de proximidade, sistemas de frenagem automática, detecção de pedestres, luzes de alerta e delimitadores do tipo Red Zone, estes são apenas alguns exemplos de tecnologias de logística 4.0 que contribuem para minimizar e reduzir os riscos associados à movimentação de cargas.
Cada vez mais a operação com máquinas nas movimentações logísticas estão repletas de acessórios de segurança. Mas, até que ponto é da responsabilidade do operador identificar a presença ou não dos pedestres?
“No meu ponto de vista há um exagero ou até mesmo uma sobrecarga em cima do operador de uma empilhadeira, uma vez que ele tem que executar a atividade no tempo hábil, de maneira produtiva, segura, fazendo uso de todos esses acessórios (estar em alerta) e ainda precisando identificar se existe um pedestre vulnerável dentro do raio de atuação na máquina”. (Afonso H. Moreira – CEO da AHM Solution)
São muitas atribuições, num dado momento da operação, o qual pode-se gerar um acidente, sob a responsabilidade do operador.
É necessário que as empresas estabeleçam a prática de uma cultura de segurança, a qual todos devam conhecer ou pelo menos tenham a mesma percepção sob o risco de quando executam uma atividade simultaneamente com uma empilhadeira.
Logística 4.0 e Segurança: do provedor de soluções até o chão de fábrica.
Até aqui já ficou bem claro que a logística 4.0 não é apenas uma questão de implementar tecnologias avançadas. É fundamental que a segurança seja uma prioridade em todas as etapas do processo.
Nesse contexto, a escolha de fornecedores e parceiros é crucial. Não basta simplesmente adquirir a tecnologia mais recente, também é essencial trabalhar com fornecedores que entendam as necessidades específicas da empresa e que possam oferecer soluções personalizadas que vão além da simples venda de um produto.
Para isso é fundamental que haja uma análise mais ampla de:
Processos: atividades em que a máquina e pedestres disputam espaço ao mesmo tempo. Avaliar como as máquinas e os pedestres interagem no espaço compartilhado. Isso é importante para aumentar a segurança no ambiente de trabalho, especialmente em operações logísticas onde há movimentação de equipamentos pesados.
Pessoas: avaliar a qualificação (treinamento + cultura) dessas pessoas no em torno das empilhadeiras. Analisar a qualificação e cultura dos colaboradores e pedestres que transitam ao redor das máquinas, como empilhadeiras. A segurança depende não apenas da tecnologia, mas também do treinamento e da conscientização das pessoas envolvidas.
Entrega: avaliar o resultado da atividade, a qual é interação. A entrega possui qualidade? Foi produtiva? Executou com segurança? É possível medir por meio de indicadores-chave de desempenho (KPIs) que ajudam a garantir que as operações estejam alinhadas com os objetivos de segurança e eficiência?
É aqui que a AHM Solution se destaca atendendo seus clientes de forma singular e eficiente, implantando as soluções em conjunto com práticas de sucesso.
“Nosso foco não é apenas fornecer um produto, mas auxiliar as empresas a aumentar a segurança, reduzir gastos e danos à carga durante o transporte. Com isso, tornamos nossos clientes ainda mais competitivos, aumentando o valor agregado em sua área de atuação.” (Afonso H. Moreira)
Com uma abordagem holística, começando com um diagnóstico de riscos, seguido de uma consultoria personalizada para identificar as melhores soluções para cada cliente, a AHM Solution desenvolve e acompanha o cliente do início do projeto ao fim da implantação, garantindo que as soluções sejam implementadas com sucesso e que os benefícios sejam realizados.
A AHM Solution nasceu em 2001 com o objetivo de ajudar as empresas a eliminar potenciais avarias causadas pelo manuseio incorreto de produtos sensíveis.
Desde então, desenvolveu um longo histórico como consultoria e provedores de soluções inovadoras que hoje resolvem um dos maiores desafios da logística 4.0: aumentar a produtividade das operações e, ao mesmo tempo, diminuir os riscos de acidentes e avarias.
Conheça mais sobre nossas soluções e melhore a eficiência logística e intralogística em sua empresa. Fale agora com nossa equipe de especialistas.
SOBRE O AUTOR
Afonso Henrique Moreira é CEO e cofundador da AHM Solution, empresa especializada em produtividade e prevenção de danos em operações logísticas.
Graduado em Relações Internacionais, Afonso começou a empreender ainda na faculdade, quando, aos 19 anos, se juntou ao seu pai, Mario Moreira, para criarem a AHM Solution.
Desde seu início, no ano 2000, o objetivo da empresa sempre foi oferecer um método inovador para aumentar a eficiência logística.
Afonso Moreira também é especializado em Marketing, Planejamento e treinamento de vendas e Negociações Internacionais, com MBA pela FIA-USP. Também atua como voluntário na Brasil Soka Gakkai Internacional, é pai de três filhos e DJ nas horas vagas.