A Pirâmide de Heinrich, também conhecida como Triângulo de Heinrich, é um modelo criado por Herbert William Heinrich na década de 1930 que demonstra a relação entre acidentes de trabalho leves, graves e fatais. Segundo Heinrich, para cada acidente grave ou fatal, ocorrem 29 acidentes leves e 300 incidentes sem lesões.
No contexto da segurança do trabalho em processos logísticos, especialmente no uso de empilhadeiras e outros equipamentos para movimentação de cargas, a Teoria de Heinrich é uma ferramenta que pode ser muito útil.
Isso porque a frequência de pequenos incidentes nas movimentações de cargas na logística, muitas vezes ignorados, podem produzir eventos mais graves e acidentes que podem resultar em lesões sérias ou fatais.
Se não houver uma gestão de riscos eficiente, esses incidentes aumentam significativamente a insegurança no ambiente de trabalho e os custos associados a essas ocorrências.
Hoje, vamos explorar como a aplicação do conceito da Pirâmide de Heinrich pode ajudar a identificar e mitigar riscos no uso de empilhadeiras e outros equipamentos de movimentação de cargas. Acompanhe e descubra estratégias eficazes para melhorar a segurança no trabalho e reduzir a incidência de acidentes.
Quem foi Hebert William Heinrich?
Herbert William Heinrich foi um pioneiro na área de segurança no trabalho e prevenção de acidentes. Nascido em 1886, ele trabalhou como engenheiro e estatístico para a Travelers Insurance Company nos Estados Unidos durante as décadas de 1920 e 1930.
Heinrich é mais conhecido por seu trabalho seminal “Industrial Accident Prevention: A Scientific Approach“, publicado pela primeira vez em 1931.
As principais contribuições de Heinrich são:
Foco no Comportamento Humano
Uma das principais hipóteses de Heinrich era que a maioria dos acidentes de trabalho resultava de atos inseguros dos trabalhadores. Ele acreditava que, ao corrigir esses comportamentos, muitos acidentes poderiam ser evitados. Essa visão influenciou significativamente as práticas de segurança no trabalho durante o século XX.
Teoria do Dominó
Heinrich propôs a teoria do dominó para explicar como acidentes ocorrem. Segundo essa teoria, um acidente é o resultado de uma sequência de eventos, cada um influenciando o próximo, semelhante a uma fileira de dominós caindo.
Ele identificou cinco fatores nessa sequência: herança e ambiente social, falha do trabalhador, ato inseguro ou condição mecânica/ambiental insegura, acidente e lesão.
Pirâmide de Heinrich
Heinrich é amplamente reconhecido por sua Pirâmide de Acidentes, que ilustra a relação entre acidentes de diferentes gravidades. De acordo com seus estudos, para cada acidente grave ou fatal, ocorrem 29 acidentes leves e 300 incidentes sem lesões.
Esta pirâmide é usada para enfatizar a importância de prevenir incidentes menores para evitar acidentes graves.
O que é a pirâmide de Heinrich?
A pirâmide de Heinrich é um modelo teórico que demonstra a relação entre diferentes tipos de incidentes no ambiente de trabalho. Ela sugere que para cada acidente grave, há um número maior de acidentes menores e uma quantidade ainda maior de incidentes sem lesão.
O objetivo do triângulo de Heinrich é destacar a importância de abordar e prevenir todos os níveis de incidentes, não apenas os graves. Ao focar na redução de incidentes menores e condições inseguras, as empresas podem evitar que esses problemas menores se transformem em acidentes graves.
A estrutura da pirâmide é composta por três níveis:
- Incidentes sem lesão na base;
- Acidentes menores no meio;
- Acidentes graves no topo.
Essa hierarquia demonstra que a prevenção eficaz começa com a atenção aos detalhes e à segurança nos níveis mais baixos.
Quais são as críticas à pirâmide de Heinrich?
A pirâmide de Heinrich enfrenta críticas por simplificar a relação entre incidentes menores e acidentes graves. Pesquisadores argumentam que nem todos os incidentes menores levam a acidentes graves e que a pirâmide não considera fatores humanos e organizacionais.
Além disso, a teoria pode desviar a atenção de condições sistêmicas mais profundas que precisam ser abordadas para melhorar a segurança no trabalho.
Qual a diferença entre a pirâmide de Heinrich e a pirâmide de Bird?
A pirâmide de Bird, desenvolvida por Frank Bird, é uma extensão da pirâmide de Heinrich. Ela também destaca a relação entre incidentes de diferentes gravidades, mas com uma classificação mais detalhada.
Bird identificou que para cada acidente grave, há 10 acidentes menores, 30 danos materiais e 600 incidentes sem lesão, sublinhando a importância de abordar todos os níveis de incidentes.
Principais diferenças entre a pirâmide de Heinrich e a pirâmide de Bird.
Abaixo você verá em detalhes a comparação entre a Pirâmide de Heinrich e a Pirâmide de Bird:
Origem
- Teoria Heinrich: Desenvolvida na década de 1930 por Herbert William Heinrich.
- Teoria de Bird: Desenvolvida posteriormente por Frank Bird como uma extensão e refinamento da teoria de Heinrich.
Detalhamento dos níveis
- Triângulo de Heinrich: Incidentes sem lesão, acidentes menores e acidentes graves.
- Triângulo de Bird: Incidentes sem lesão, danos materiais, acidentes menores e acidentes graves.
Relação numérica
- Pirâmide de Heinrich: Relação 1-29-300 (1 acidente grave, 29 acidentes menores, 300 incidentes sem lesão).
- Pirâmide de Bird: Relação 1-10-30-600 (1 acidente grave, 10 acidentes menores, 30 danos materiais, 600 incidentes sem lesão).
Ênfase
- O modelo de Heinrich: Foca na prevenção de incidentes menores para evitar acidentes graves.
- O Modelo de Bird: Inclui danos materiais, enfatizando a prevenção em uma base mais ampla e detalhada.
Como aplicar a Pirâmide de Heinrich na segurança do trabalho?
A importância da Teoria de Heinrich na prevenção de acidentes reside no seu enfoque em controlar incidentes menores para prevenir acidentes graves.
Para utilizar a pirâmide de forma eficaz, é essencial implementar um sistema de monitoramento contínuo de incidentes menores e quase-acidentes.
Este sistema deve permitir a identificação de padrões e a implementação de medidas corretivas antes que incidentes menores se transformem em acidentes graves. Ferramentas de software para registro e análise de dados de segurança facilitam essa identificação e promovem um ambiente de trabalho mais seguro.
O treinamento e a educação contínuos dos funcionários também são aspectos fundamentais. Realizar treinamentos regulares sobre a importância de reportar todos os tipos de incidentes, incluindo aqueles que não resultam em lesões, é vital.
Também é necessário promover uma cultura de segurança, onde os funcionários se sintam confortáveis para relatar incidentes e quase-acidentes sem medo de represálias.
Da mesma forma, os responsáveis pela segurança do trabalho devem fazer análises detalhadas das causas raiz dos incidentes registrados. Assim, podem entender não apenas o que aconteceu, mas por que aconteceu, e implementar mudanças que possam prevenir recorrências.
Aqui é importante envolver todas as partes interessadas, desde gerentes até funcionários de linha de frente, garantindo que todas as perspectivas sejam consideradas na análise, o que pode levar a soluções mais eficazes e abrangentes.
Aplicação da Pirâmide de Heinrich na segurança do trabalho em processos logísticos.
O setor de logística pode envolver atividades de alto risco, como manuseio de cargas pesadas e operação de veículos, onde incidentes menores podem rapidamente escalar para acidentes graves se não forem adequadamente gerenciados.
Seguindo os níveis de gravidade de acidentes presentes na pirâmide de Heinrich e relacionando-os às atividades da logística, podemos dizer que:
Incidentes sem lesão
No nível mais baixo da pirâmide, temos os incidentes sem lesão. Por exemplo, caixas caindo de uma prateleira sem atingir ninguém ou pequenos derramamentos de óleo no chão.
Esses eventos, embora não causem lesões, são sinais de condições inseguras que precisam ser corrigidas.
Acidentes menores
Um degrau acima, encontramos os acidentes menores. Exemplos incluem:
Um funcionário que torce o tornozelo ao escorregar em um derramamento de óleo;
- Uma pequena colisão entre uma empilhadeira e uma prateleira.
- Esses acidentes resultam em lesões leves que podem ser evitadas com a correção de condições inseguras identificadas anteriormente.
Acidentes graves
No topo da pirâmide estão os acidentes graves. Isso poderia incluir um funcionário sendo gravemente ferido ao cair de uma altura significativa ou um atropelamento de empilhadeira que resulta em lesões sérias.
Esses eventos, muitas vezes, têm raízes em incidentes menores e condições inseguras que não foram abordadas.
Implementação de práticas preventivas
Não basta pensar que a teoria do triângulo de Heinrich sozinha seja o suficiente para impedir que um acidente grave ocorra. É preciso que as empresas adotem um conjunto de práticas preventivas, como a análise de risco, o mapeamento de riscos, estudo da interação entre pedestres e máquinas, procedimentos de segurança rigorosos e a promoção de comportamento seguro entre os funcionários.
A empresa também deve utilizar tecnologias que consigam alertar os riscos de acidentes que resultem em acidentes graves.
Seja na movimentação de cargas ou no trânsito de equipamentos e pedestres dentro dos armazéns, almoxarifados, pátios ou centros de distribuição, é preciso estar atento aos riscos de acidentes.
E aqui a AHM Solution tem muito a contribuir com empresas que transportam e movimentam cargas sensíveis e de alto valor agregado.
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Isso sem contar com o fornecimento de dispositivos que auxiliam na prevenção de acidentes nas movimentações de cargas, como:
- Dispositivos que detectam pedestres (HitNot®).
- Dispositivos que evitam colisões entre equipamentos e estruturas de armazenamento.
- Dispositivos que alertam a presença de uma empilhadeira (RedZone, Blue SpotLight e Alertas sonoros).
A eficiência dos processos na logística de movimentação de cargas não se resume a fazer mais com menos, ou mais barato. Também é preciso garantir a segurança no trabalho.
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